Rafael Mesquita, o fotógrafo responsável pelo registro, não apenas captou imagens da água-viva, mas também realizou algumas medições importantes. Ele registrou a temperatura da água, que estava a 15,5°C, e também estimou o tamanho aproximado do animal, que tinha cerca de 60 centímetros de diâmetro e aproximadamente 10 metros de tentáculos. Em comparação com o homem mais alto do mundo, Sultan Kösen, que mede 2,51 metros, a água-viva gigante brasileira impressiona pelas suas dimensões.
No Brasil, a Drymonema gorgos é considerada a maior espécie de água-viva já registrada no país. Ela faz parte do grupo de águas-vivas que podem causar acidentes, embora sua aparição seja considerada rara. De acordo com o professor Alberto Lindner, do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), existem cerca de 15 espécies de águas-vivas maiores no Brasil, sendo que seis delas são as responsáveis pela maioria dos acidentes em humanos.
Além da Drymonema gorgos, a Lychnorhiza lucerna também é uma espécie que atinge um tamanho considerável, porém não é associada a acidentes. Enquanto no mundo, especula-se sobre qual seria a maior espécie de água-viva, com debates que envolvem a ‘Juba de Leão’ e a espécie ‘Umbrella’, que ultrapassam os 30 metros de tamanho.
Em meio a essas descobertas e curiosidades sobre as águas-vivas, a natureza continua a surpreender e encantar aqueles que se dedicam a explorar as belezas marinhas. O registro da água-viva gigante no litoral brasileiro é mais uma prova da diversidade e grandiosidade da vida marinha em nosso país.