Os agricultores, reconhecíveis por seus chapéus amarelos característicos, ameaçam bloquear o acesso à capital no dia 5 de janeiro, em um momento de intenso tráfego decorrente do retorno das férias de Natal. As autoridades de segurança locais já proibiram todas as reuniões não declaradas no centro de Paris e próximo ao mercado de Rungis, um dos maiores da França, a partir das 18h do domingo até o meio-dia da segunda-feira.
As demandas dos sindicatos agrícolas incluem o fim da transposição excessiva de padrões e um controle mais eficaz das importações. Além disso, os agricultores estão preocupados com a assinatura do acordo Mercosul, de livre comércio entre a União Europeia e cinco países latino-americanos, como Brasil e Argentina, que a França se opõe nos termos atuais.
O presidente Emmanuel Macron qualificou a minuta do acordo como “inaceitável em sua forma atual”, expressando preocupações sobre o impacto nas indústrias agrícolas e no meio ambiente do país. Esse cenário de tensão ocorre pouco antes do início da campanha oficial para as eleições das câmaras de agricultura, prevista para a segunda quinzena de janeiro, que definirá o novo equilíbrio de poder entre os sindicatos agrícolas.
A mobilização dos agricultores franceses é uma demonstração clara do descontentamento e da inquietação dessa categoria profissional, que busca uma resposta rápida e efetiva às suas demandas. O impacto dessa manifestação promete repercutir intensamente na sociedade francesa e na política do país.