Agressão a Menino Autista em Clínica no DF Provoca Repúdio e Ação da Polícia contra Funcionárias Involvidas em Maus-Tratos



No último dia 21 de maio, um incidente lamentável e inaceitável chocou a comunidade do Distrito Federal: um menino autista foi agredido por funcionárias de uma clínica enquanto recebia terapia. As imagens que circularam amplamente nas redes sociais mostram a criança sendo arrastada pelas pernas por uma psicóloga e uma fisioterapeuta, após ter conseguido sair do estabelecimento. O episódio gerou uma onda de indignação, levando o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania a emitir uma nota de repúdio contundente, ressaltando que esse tipo de violência atinge não apenas a dignidade da vítima, mas também os direitos humanos de todas as pessoas com deficiência.

Segundo relatos, o menino teria deixado a clínica denominada Única Kids, localizada no Setor de Indústria e Abastecimento. O momento em que foi encontrado por funcionárias, que o seguraram à força, retrata uma clara violação dos direitos da criança, o que é ainda mais grave considerando sua condição de vulnerabilidade. Durante a abordagem, enquanto uma funcionária o agarrava pelos braços, a outra decidiu arrastá-lo pelo chão, situação que foi registrada em vídeo e causou séria repercussão pública.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada e prendeu as profissionais envolvidas, que foram levadas à 5ª Delegacia de Polícia, mas deixaram a delegacia após pagar fiança. O ato foi classificado como maus-tratos, levantando questionamentos sobre o compromisso das instituições em garantir um ambiente seguro e respeitoso para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). As autoridades estão sendo instadas a tratar a investigação com a maior urgência e rigor, buscando responsabilizar os envolvidos.

É importante lembrar que crianças com TEA possuem direitos assegurados por diversas legislações, como o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei Brasileira de Inclusão. Por sua vez, a clínica envolvida se defendeu, assegurando que essa ação não reflete a cultura da instituição, a qual preza pelo cuidado humanizado. Entretanto, o Conselho Regional de Psicologia do DF também se manifestou, expressando total solidariedade à família da criança e deixando claro que toda e qualquer violação de direitos humanos é inaceitável.

Esse caso é um forte lembrete da importância de se implementar protocolos adequados em instituições que atendem pessoas com deficiência, garantindo que direitos sejam respeitados e promovendo um ambiente de acolhimento e respeito.

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