Essa situação alarmante é resultado das mudanças climáticas causadas principalmente pela ação humana, com uma contribuição significativa do fenômeno climático El Niño. O aumento constante das temperaturas é um alerta sobre a urgência de adotar medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os impactos do aquecimento global.
Segundo Samantha Burgess, diretora adjunta do Copernicus Climate Change Service (C3S), os últimos três meses foram marcados por recordes de calor, incluindo o dia mais quente já registrado e o verão boreal mais quente da história. A sequência de temperaturas recordes está aumentando a probabilidade de 2024 se consolidar como o ano mais quente já registrado.
Apesar da chegada do fenômeno La Niña, que naturalmente resfria partes do Pacífico central, as expectativas de que ele pudesse causar um alívio nas temperaturas não se concretizaram. Carlo Buontempo, diretor do C3S, afirmou que seria necessário um resfriamento significativo nos próximos meses para evitar que 2024 seja o ano mais quente da história, o que não parece ser provável no momento.
Em relação às temperaturas globais, diversas regiões do mundo registraram índices acima da média, como o leste da Antártida, Texas, México, Canadá, nordeste da África, Irã, China, Japão e Austrália. Por outro lado, locais como o extremo leste da Rússia, Alasca, leste dos Estados Unidos, partes do sul da América do Sul, Paquistão e Sahel apresentaram temperaturas abaixo do esperado.
Com esses dados alarmantes, a necessidade de ações urgentes para combater as mudanças climáticas e seus efeitos devastadores se torna cada vez mais evidente. A preservação do meio ambiente e a adoção de práticas sustentáveis tornam-se fundamentais para mitigar os impactos do aquecimento global e garantir um futuro mais seguro para o planeta.