Apesar das restrições, a Bas Rinjani continuou suas atividades de forma irregular. Juliana havia contratado um pacote turístico por meio da Ryant Tour, uma agência que funciona como intermediária, vendendo pacotes, mas terceirizando a execução das trilhas a operadoras locais. A responsabilidade pela logística, guias, equipamentos e licenças necessárias para a subida ao vulcão recaiu, portanto, sobre uma empresa que não deveria estar em operação.
O fatídico acidente ocorreu no dia 20 de junho, quando Juliana caiu durante a trilha e, lamentavelmente, ficou desaparecida por quatro dias. A jovem foi finalmente encontrada sem vida no dia 24, apresentando múltiplas fraturas e ferimentos internos, conforme revelado pelo laudo do legista. A situação é um chamado à reflexão sobre a segurança nos passeios de aventura, especialmente em ambientes naturais que podem ser traiçoeiros.
Surpreendentemente, a trilha do Monte Rinjani foi reaberta ao público no último sábado, dia 28, sem que a administração do parque mencionasse qualquer alteração nos protocolos de segurança ou reconhecesse a tragédia que ocorreu. O comunicado da direção se limitou a recomendar que os turistas optem por rotas oficiais e que priorizem sua segurança, o que levanta a questão sobre a eficácia e a responsabilidade das autoridades em garantir a segurança dos visitantes em um ambiente que já demonstrou ser potencialmente perigoso. Essa situação demanda maior atenção por parte das autoridades locais e uma reavaliação rigorosa das práticas de segurança adotadas por operadoras de turismo na região.