De acordo com oficiais da presidência sul-africana, as evidências apresentadas demonstram não apenas a destruição física dos palestinos, mas também a criação de condições de vida que visam a destruição desses indivíduos. Tais afirmações são gravadas em um relatório que denuncia a privação de acesso à assistência humanitária, agravando ainda mais a situação já crítica enfrentada por milhões de palestinos na região.
A ação da África do Sul na CIJ teve início em dezembro de 2023, quando a nação africana decidiu tomar medidas legais contra Israel após uma série de ataques devastadores relatados na região. A CIJ já havia solicitado a Israel, em uma decisão em julho de 2024, que adotasse medidas para evitar a morte e ferimentos a civis palestinos, embora não tenha estabelecido um cessar-fogo imediato.
Esse movimento sul-africano conta também com o apoio de várias nações, como Chile, Cuba, Turquia, Espanha, México e Colômbia, que se aliaram na luta contra o que consideram ações genocidas de Israel. Em resposta, Israel refutou categoricamente as acusações, afirmando que suas operações visam a autodefesa, destacando que não têm como alvo civis.
Desde o início do conflito, após ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, a situação se deteriorou severamente. Estima-se que a resposta militar israelense, que inclui ataques aéreos e terrestres, tenha causado a morte de quase 43 mil pessoas, além de deixar cerca de 90 mil feridos e forçar a deslocação de aproximadamente 2 milhões de civis, exacerbando uma crise humanitária de grandes proporções.
Assim, a disputa entre a África do Sul e Israel na CIJ torna-se um importante capítulo na longa e complexa história do conflito israelo-palestino, que continua a capturar a atenção e a preocupação da comunidade internacional. A crescente pressão sobre Israel para que respeite os direitos humanos e a vida de civis palestinos é um indicativo de que as tensões no Oriente Médio estão longe de ser resolvidas.