Afastamento de Nove Policiais Civis em Alagoas Após Manifestação Armada e Bloqueio de Acesso à PGE



O Conselho Estadual de Segurança Pública de Alagoas tomou uma decisão drástica ao afastar nove policiais civis envolvidos em uma manifestação que ocorreu na quarta-feira, 14 de setembro, em frente à sede da Procuradoria Geral do Estado (PGE), em Maceió. A medida se baseia no descumprimento de uma ordem judicial que, em caráter preventivo, proíbe que a categoria realize greves.

Durante a manifestação, os policiais armados bloquearam o acesso ao prédio da PGE, dificultando tanto a entrada quanto a saída de servidores. Essa atitude foi interpretada como uma forma de pressão indevida, revelando indícios de paralisação funcional e possível desvio de função dos profissionais. Em resposta a esses eventos, o Conselho decidiu aplicar uma série de medidas disciplinares, incluindo o afastamento dos envolvidos de suas atividades operacionais, a suspensão do porte de armas — tanto as oficiais quanto as pessoais — e a relocação dos participantes para funções administrativas, sob rigoroso controle.

Além das sanções impostas, o órgão também solicitou à Polícia Judiciária que iniciasse um inquérito para investigar a possível prática de coação no curso do processo. Essa investigação é um passo importante, pois busca apurar se houve abuso de poder na conduta dos policiais durante a manifestação. A decisão do Conselho foi imediatamente comunicada ao Delegado-Geral e ao Corregedor-Geral da Polícia Judiciária de Alagoas.

Até o presente momento, o Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol) não fez declarações públicas em relação ao ocorrido, deixando a expectativa sobre uma possível resposta ou posicionamento da entidade em defesa dos policiais afastados. O episódio gerou reações diversas entre a população e especialistas em segurança pública, que acompanham com atenção os desdobramentos desse caso, que toca diretamente nas questões relacionadas ao direito à livre manifestação e ao cumprimento da ordem pública.

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