O PSDB viu sua força diminuir significativamente desde 2016, e a recente performance nas eleições municipais de 2024 acentuou essa preocupação. A sigla elegeu apenas 273 prefeitos, uma queda alarmante de 250 em comparação a 2020, e pela primeira vez na história, ficou sem a eleição de um único vereador. Este resultado coloca o partido no 8º lugar em termos de cidades conquistadas, refletindo uma perda considerável de prestígio político. Desde 2016, quando o partido alcançou 799 prefeituras, a queda foi de 65,7%, evidenciando um encolhimento preocupante.
Aécio Neves, ao falar sobre o futuro do partido, enfatizou a necessidade de uma aliança voltada para o centro político, destacando que as conversas com outros partidos, como MDB, Solidariedade e Podemos, devem ser retomadas com mais intensidade a partir de fevereiro. Essa reconfiguração é considerada crucial para a sobrevivência do PSDB, que se vê ameaçado de se tornar uma legenda “nanica”, ou seja, com representação política reduzida e irrelevante.
Os integrantes do PSDB ainda lidam com o legado de líderes influentes, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-ministro José Serra, que moldaram a história do partido, mas que atualmente parecem insuficientes diante da realidade atual. O temor é que o partido, que um dia foi sinônimo de poder e relevância na política nacional, seja relegado a um papel secundário, colocando em risco não só a sua identidade, mas também sua capacidade de influir no cenário político brasileiro.
Nesse ínterim, Aécio alertou sobre a importância de uma discussão mais ampla e um projeto coeso, que deve prevalecer sobre as movimentações individuais que buscam desmantelar a estrutura do partido por interesses pessoais. O futuro do PSDB, assim, permanece em uma encruzilhada, exigindo decisões estratégicas e reuniões que definam sua trajetória nos próximos anos.