A ação legal foi impulsionada pela Fundação Hind Hajab, que também participou do caso do soldado que estava de férias no Brasil. Entre as evidências apresentadas pelo grupo de advogados está o testemunho de uma palestina radicada no Chile, que detalhou as ações do batalhão contra sua família na Faixa de Gaza, além de publicações comprometedoras nas redes sociais de Hirshoren.
Além disso, a Fundação Hind Hajab revelou ter apresentado denúncias contra o soldado em outros países, como a Argentina, onde ele esteve antes de chegar ao Chile. O objetivo da instituição é responsabilizá-lo por supostos crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos durante sua atuação no Exército de Israel.
As provas apresentadas contra Hirshoren incluem vídeos da conta do Instagram do soldado, que mostram suas participações ativas na destruição da infraestrutura civil em Gaza e seu suposto envolvimento na demolição deliberada de bairros, locais culturais e instalações essenciais, violando tratados internacionais.
A Fundação Hind Hajab não parou por aí e protocolou uma segunda queixa criminal contra o soldado no Chile, com um pedido de ordem de prisão urgente e restrições de viagem para evitar que ele deixasse o território chileno. Vale ressaltar que a instituição tem atuado em casos similares de soldados israelenses em diversos países ao redor do mundo.
Portanto, o caso de Saar Hirshoren representa mais um capítulo nas investigações de possíveis crimes de guerra cometidos por soldados israelenses em diferentes partes do globo. A atuação da Fundação Hind Hajab evidencia a importância de se responsabilizar indivíduos por violações dos direitos humanos e dos tratados internacionais, independentemente de sua localização geográfica.