De acordo com o advogado, a probabilidade de que as pessoas tenham que deixar suas terras até março é nula. Ele destacou que, neste momento, não há uma decisão definitiva sobre o assunto. Bezerra mencionou o caso recente em Toldoembu, Santa Catarina, onde a demarcação de terras indígenas foi homologada pelo presidente Lula, mas posteriormente suspensa pelo STF, por determinação do ministro Luiz Fux.
Bezerra também ressaltou que, enquanto estiver em curso a mesa de negociação liderada pelo ministro Gilmar Mendes, não serão tomadas decisões sobre novas demarcações. Esse processo de diálogo foi estabelecido pelo STF com o objetivo de mediar conflitos entre indígenas, proprietários de terras e o governo, buscando encontrar uma solução equilibrada para a questão fundiária.
A manifestação de Adeilson Bezerra surge em um momento de grande apreensão entre os donos de propriedades rurais da região, que temem perder suas terras caso ocorra a homologação de novas áreas indígenas em Palmeira dos Índios. A demarcação de terras indígenas no Brasil tem gerado debates acalorados, especialmente após a derrubada do Marco Temporal, decisão que abriu precedentes para novas reivindicações de territórios tradicionais.
Diante da incerteza jurídica e política sobre o assunto, a orientação é que os moradores aguardem os desdobramentos sem entrar em pânico. Bezerra enfatizou que a afirmação de que haverá desocupação em março não possui embasamento legal. A população local permanece atenta ao desenrolar do processo e aguarda que as negociações avancem sem causar prejuízos a nenhuma das partes envolvidas.
Por fim, é essencial que a comunidade permaneça informada sobre as decisões do STF e siga acompanhando de perto o desenrolar desse tema sensível e complexo, que afeta diretamente a vida de diversas pessoas da região de Palmeira dos Índios.