Figueiredo, que assumiu o caso na última semana, afirmou em entrevista à CNN que está estudando os detalhes do processo, mas adiantou que o documento apontado como um plano golpista nunca foi entregue a ninguém. Segundo ele, a Polícia Federal encontrou o arquivo no HD do computador do general, mas não houve nenhuma entrega física do mesmo.
Questionado sobre a possibilidade de o general fechar um acordo de colaboração premiada, o advogado foi categórico em afirmar que seu cliente não fará delação. Essa declaração vem para esclarecer boatos e especulações que vinham surgindo desde a prisão do militar, ocorrida no dia 19 de novembro.
O general Mario Fernandes, que ocupava o cargo de número 2 na Secretaria-Geral da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), é apontado pela Polícia Federal como o responsável por elaborar o plano “Punhal Verde e Amarelo”. Documentos apreendidos indicam que houve impressões desse plano no Palácio do Planalto e no Palácio da Alvorada.
A transferência de Mario Fernandes para Brasília foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, após o militar ser detido na Operação Contragolpe da PF. Ele aguarda atualmente a transferência para a capital federal, onde ficará preso em unidades dentro do Comandante Militar do Planalto (CMP).
Todo o caso tem gerado grande repercussão na imprensa e na opinião pública, levantando debates acalorados sobre os limites da atuação militar e a relação entre as Forças Armadas e o poder político. A defesa do general continua trabalhando para esclarecer os fatos e garantir os direitos de seu cliente diante das acusações que pesam sobre ele.