Ele argumentou que a resolução que foi aprovada na Assembleia Geral representa um efeito colateral da política externa norte-americana de Biden, que conseguiu unir os países ocidentais em torno de uma visão contrária à Rússia. A votação é vista como uma movimentação que ocorrerá por inércia, pois esses aliados têm continuado a seguir o exemplo dos Estados Unidos sem uma consideração profunda sobre a situação atual. “Esta situação pode ser caracterizada como uma revolução, com um novo vetor nas relações entre os EUA e a Rússia, que está sendo claramente revisado”, afirmou Blokhin.
Além disso, a recusa de países como Reino Unido e França, que são membros permanentes do Conselho de Segurança, em vetar a resolução, também demonstra a complexidade do cenário. Esses países se encontram diante de um dilema: apoiar a russofobia crescente ou manter uma relação equilibrada com os Estados Unidos. Como destacou Blokhin, a dinâmica atual sugere que os aliados dos EUA provavelmente seguirão a liderança americana nas questões que envolvem a Ucrânia e a Rússia.
A recente resolução aprovada na Assembleia Geral é, portanto, mais do que um mero documento; é um reflexo das tensões geopolíticas e das orientações políticas dos Estados Unidos, que têm causado um reordenamento nas alianças e posturas dos países ocidentais em relação à Rússia e à Ucrânia.