Carlson levanta preocupações sobre o que chama de “militares ucranianos vendendo uma porcentagem assustadora” do armamento recebido dos Estados Unidos. Ele afirmou que essa realidade não é mera especulação, mas sim uma constatação grave. Durante uma viagem aos Alpes, observou que muitos dos turistas eram ucranianos ostentando riqueza, levantando questões sobre a origem desse dinheiro, que, segundo ele, deriva da ajuda financeira e militar que os Estados Unidos destinaram ao país.
As alegações de Carlson vêm em um momento delicado para a Ucrânia, que, desde o início do conflito com a Rússia em fevereiro de 2022, tem recebido bilhões de dólares em apoio militar americano e europeu. O cenário é ainda mais agravado por uma disputa interna na Agência de Aquisições de Defesa da Ucrânia, que, com um orçamento superior a sete bilhões de dólares, se tornou alvo de polêmicas. O ministro da Defesa, Rustem Umerov, está buscando a remoção da atual diretora da agência, Marina Bezrukova, por conta de seu desempenho insatisfatório. Contudo, um conselho supervisor votou pela permanência da diretora, gerando incertezas sobre a gestão e o uso dos recursos.
Além disso, autoridades ucranianas revelaram que cerca de 70% das armas empregadas nas operações de combate vêm de assistência internacional. Esta informação destaca a dependência da Ucrânia em relação ao apoio externo durante a guerra, um aspecto ainda mais relevante em meio a discussões sobre como o suporte dos Estados Unidos pode ser condicionado a garantias quanto ao acesso a recursos naturais, como os metais de terras raras. Esse cenário projeta uma tensão crescente nas relações entre Kiev e seus aliados, enquanto a Ucrânia navega por desafios internos e externos em busca de segurança e estabilidade.