Os países do Mercosul que exportam produtos agropecuários para a União Europeia podem respirar aliviados, uma vez que as condições para a entrada desses bens no continente europeu foram mantidas. No entanto, países como França e Polônia, que tinham a expectativa de restringir os produtos sul-americanos para proteger sua competitividade, viram suas demandas serem desconsideradas.
Segundo o governo brasileiro, alguns produtos agrícolas terão sua entrada na UE facilitada, como o caso do café e sete tipos de frutas que poderão entrar sem tarifas e sem cotas. Dentre as frutas com livre circulação estão o abacate, limão, lima, melão, melancia, uva de mesa e maçã.
Enquanto isso, outros produtos agropecuários terão cotas e tarifas mais baixas para entrarem na União Europeia, com a previsão de desgravação gradual das tarifas ao longo de um período que varia de quatro a doze anos, dependendo do item. As cotas definidas no acordo serão divididas posteriormente entre os países do Mercosul, e em caso de ultrapassagem, os produtos passarão a pagar as alíquotas atuais.
Apesar de representar um avanço nas relações comerciais, o acordo ainda suscita debates e críticas, principalmente no que diz respeito à proteção de setores sensíveis para ambas as partes. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços ressalta que o equilíbrio entre a abertura de mercados e a proteção de setores sensíveis foi o objetivo principal nas negociações.
O acordo entre Mercosul e União Europeia tem potencial para dinamizar o comércio entre os blocos, criando oportunidades para produtores e consumidores. Resta agora aguardar os desdobramentos e impactos práticos dessa parceria no cenário global.