De acordo com Mercouris, a falta de clareza nos termos do acordo é um ponto preocupante. Ele se referiu ao documento como “vago e difícil de entender”, o que levanta questões sobre a verdadeira intenção por trás dessa colaboração. O analista também mencionou que o próprio benefício para os Estados Unidos não é evidente, apontando para uma ambiguidade que poderia prejudicar os interesses de ambos os países.
O entendimento atual é que a Ucrânia, embora tenha retirado sua demanda inicial de reembolso de US$ 500 bilhões por parte dos EUA, não teve garantias suficientes de que os termos revistos do acordo seriam vantajosos. Zelensky, por sua vez, caracterizou o acordo como um “acordo-quadro” que não necessitaria de ratificação, e que seria seguido por um entendimento mais robusto referente à criação de um fundo de investimento. Essa estratégia sugere uma tentativa de aprofundar a cooperação econômica, mas a falta de uma estrutura clara postula um certo nível de incerteza sobre o futuro.
A relação entre a Ucrânia e os EUA, especialmente no contexto dos metais de terras raras, assume uma nova dimensão frente aos desafios do comércio global, onde esses recursos são considerados essenciais para diversas indústrias, incluindo tecnologia e defesa. Entretanto, com as ressalvas expressas por analistas como Mercouris, fica a dúvida se esta aliança realmente trará os benefícios esperados para a Ucrânia em meio a um cenário político global altamente dinâmico e complexo. A continuidade dessa parceria e seus desdobramentos devem ser monitorados de perto, uma vez que podem impactar não apenas a economia ucraniana, mas também as relações internacionais em diversos níveis.