Acordo de R$ 1,7 bilhão entre a Prefeitura de Maceió e a Braskem é amplamente condenado pela população, aponta pesquisa do Instituto Ibrape.



A prefeitura de Maceió fechou um acordo extrajudicial de R$ 1,7 bilhão com a Braskem, concedendo à empresa quitação total por danos relacionados ao afundamento do solo em cinco bairros da cidade. O acordo também envolve a transferência de propriedades equivalentes a 20% da área urbana de Maceió para a Braskem, uma ação que tem gerado controvérsia e desaprovação por parte da população maceioense.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Ibrape realizada entre os dias 6 e 14 de dezembro, 55% das 4.500 pessoas entrevistadas tinham conhecimento do acordo, mas apenas 39% sabiam que a prefeitura concedeu quitação total à Braskem pelos danos causados. Além disso, 46% acreditam que o prefeito JHC se beneficiou do acordo, enquanto 58% acham que o acordo não beneficiou as vítimas. Outro dado alarmante é que 86% discordam do acordo e da doação de terrenos públicos à Braskem.

A pesquisa destaca a insatisfação da população maceioense em relação ao acordo e suas consequências, indicando uma falta de transparência e aprovação por parte da comunidade. Além disso, o levantamento mostra que 58% dos entrevistados acreditam que as vítimas não foram beneficiadas, 46% acham que o prefeito se beneficiou e 81% não concordam com o uso do dinheiro para obras sem resolver os problemas das vítimas.

Em relação à abertura da CPI da Braskem, 92% são a favor. Os principais resultados do tracking reforçam a insatisfação generalizada da população maceioense com o acordo e suas consequências, sinalizando uma clara desaprovação dos moradores em relação à forma como a questão foi conduzida pelas autoridades.

Em meio a esse cenário de insatisfação popular e desconfiança em relação ao acordo, a prefeitura de Maceió precisa buscar formas de reconquistar a confiança da comunidade. A falta de transparência e o questionamento em relação às decisões tomadas ao longo desse processo reforçam a necessidade de se criar mecanismos de participação popular e de prestação de contas. É fundamental que haja um diálogo aberto e transparente com a população para esclarecer dúvidas, resolver pendências e garantir que os interesses dos cidadãos sejam atendidos.

Em meio a essa carga de desconfiança e desaprovação, a administração municipal enfrenta o desafio de lidar com as consequências desse acordo prejudicial para a cidade e sua população. Há um sentimento de descontentamento e revolta que precisa ser endereçado pelas autoridades, reforçando a importância da atuação ética e transparente em todos os aspectos da gestão pública.

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