A expectativa é que a resposta do Hamas seja anunciada nos próximos dias, antecedendo a posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prevista para 20 de janeiro. Segundo o esboço do acordo, a primeira fase contemplaria a liberação de 34 reféns israelenses em troca de um cessar-fogo de um mês. Em paralelo, espera-se a libertação de aproximadamente mil prisioneiros palestinos atualmente detidos em Israel. A segunda fase, que poderia se iniciar logo após, inclusões de mais reféns e a extensão do cessar-fogo por até um mês e meio.
Entretanto, em um cenário onde o Hamas se prepara para um possível alívio em suas ações, há também um aumento significativo no recrutamento de novos combatentes. Relatos indicam que o número de militantes do Hamas está crescendo em um ritmo que superaria a capacidade das Forças de Defesa de Israel de neutralizá-los. Estimativas anteriores apontavam para cerca de 30 mil combatentes vinculados ao Hamas, mas fontes militares israelenses acreditam que esse número pode estar aumentando, com novos recrutas sendo atraídos por promessas de apoio alimentar e assistência médica.
Esses jovens combatentes, embora inexperientes, estão envolvidos em ataques coordenados e em operações de guerrilha, utilizando armas que não requerem treinamento extensivo. A situação é tão crítica que analistas de segurança afirmam que a capacidade de reabastecimento do Hamas tem estado à frente de seus esforços de desmantelamento por parte das autoridades israelenses. O impacto desse recrutamento em um ambiente já tumultuado sugere que a dinâmica do conflito pode se intensificar ainda mais nos próximos meses, especialmente se as negociações de cessar-fogo não forem bem-sucedidas.