Ações da Petrobras fecham em queda após volatilidade e rumores de troca de presidente pela fritura de Prates



As ações da Petrobras tiveram um dia de alta volatilidade na quinta-feira, 4, com oscilações entre o campo positivo e negativo. Ao final do pregão, os papéis fecharam em queda, com uma retração de 0,46% para R$ 39,12 no caso das ações ordinárias (ON, com direito a voto) e de 1,41% para R$ 37,88 nas preferenciais (PN, sem voto).

A jornada das ações da estatal iniciou com um cenário otimista, com ambas as classes de ações registrando altas acima de 2%, após a colunista do GLOBO Malu Gaspar divulgar em seu blog que a Petrobras iria distribuir dividendos extras, uma discussão que vinha se arrastando desde março.

No entanto, rumores surgiram durante o dia apontando que Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, poderia assumir o comando da Petrobras no lugar de Jean Paul Prates, que vinha enfrentando um processo de pressão no governo. Essa incerteza fez com que as ações atingissem suas cotações mínimas ao meio-dia, com queda de 1,53% para as ON e de 2,70% para as PN.

A recuperação das ações aconteceu no decorrer do dia, influenciada pelo avanço do petróleo tipo Brent, que ultrapassou a marca de US$ 90 devido às tensões no Oriente Médio. O papel PN chegou a ser negociado a R$ 39,39, com um ganho de 2,5%, enquanto as ON atingiram R$ 40,83, alta de 2,85%.

Analistas atribuem essa recuperação à insegurança em relação à definição do novo presidente da Petrobras. Para Jerson Zanlorenzi, do BTG Pactual, a volatilidade é comum nesses momentos de transição. Já Gustavo Cruz, da RB Investimentos, teme que uma mudança no comando da empresa possa resultar em intervenções políticas que afetem a rentabilidade dos investidores.

Apesar das incertezas, a expectativa de pagamento dos dividendos extras da Petrobras trouxe ânimo para os investidores, que continuam de olho na empresa devido ao seu potencial de crescimento e distribuição de lucros. Já as decisões sobre a distribuição dos dividendos extras ainda aguardam a aprovação do presidente Luís Inácio Lula da Silva e do conselho administrativo da Petrobras.

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