Ação da PF no PM-DF: vídeo revela recuo do major à frente da tropa na Esplanada durante a operação; veja.

Na manhã desta sexta-feira, uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi deflagrada visando a alta cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). O principal alvo da ação é o major Flávio Silvestre de Alencar, acusado de omissão durante os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O major Alencar já havia sido preso anteriormente, durante a 5ª fase da operação Lesa Pátria, em fevereiro deste ano, e também foi alvo da 12ª etapa das investigações da PF. No dia da invasão dos prédios dos Três Poderes em Brasília, Alencar comandava as tropas policiais e era o comandante em exercício do 6º Batalhão, responsável por atuar na Esplanada dos Ministérios. Ele é considerado um especialista em controle de distúrbios civis, tendo realizado formação complementar nessa área, inclusive com um curso na Polícia Militar de São Paulo.

Imagens de câmeras de segurança na Esplanada dos Ministérios mostraram o major Alencar entrando em uma viatura da PM no momento em que a barreira de policiais recuava para conter os manifestantes. Essa ação suscita ainda mais suspeitas sobre a omissão dos oficiais da PM-DF durante os atos golpistas.

Outro fato que chama a atenção é a descoberta de mensagens em que Alencar afirma, em um grupo de WhatsApp com militares, que “na primeira manifestação, é só deixar invadir o Congresso”. Essa mensagem foi enviada por ele em 20 de dezembro, poucas semanas antes dos ataques aos prédios dos Três Poderes. Essas declarações contrariam o depoimento anteriormente prestado pelo major à PF, no qual ele relatou achado “muito estranho ter sido convocado” para comandar o efetivo naquele dia, devido à sua patente de major e sua atuação mais comum em manifestações menores.

Alencar também alegou anteriormente que o número de policiais disponíveis não era suficiente para conter os manifestantes e que, se tivesse recebido informações sobre a radicalidade do grupo, teriam sido necessários mais policiais. Ele destacou que grande parte dos policiais sob seu comando eram inexperientes, pois eram oriundos do curso de formação.

A ação da PF e da PGR demonstra a seriedade das investigações sobre a possível omissão dos oficiais da PM-DF durante os atos golpistas. As autoridades estão empenhadas em esclarecer os fatos e responsabilizar aqueles que falharam no cumprimento de suas obrigações. O major Alencar, como um dos alvos da operação, terá que prestar esclarecimentos e contribuir com as investigações em curso.

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