Neste cenário, estima-se que cerca de 7 mil empregos possam ser perdidos, caso o plano seja aprovado. Produtores afirmam que essa nova regulamentação exigiria reformas custosas e mudanças tributárias, levando muitos empreendimentos a trocar o pagamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) pelo Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), acarretando em despesas adicionais. Devido à polêmica medida, a Câmara Municipal de Rio Largo suspendeu a votação do plano, atendendo ao Ministério Público, que recomendeu audiências públicas para debater o projeto.
A intenção do prefeito é aprovar e sancionar o novo plano diretor ainda dentro do seu mandato, que encerra em 31 de dezembro. Contudo, enfrenta resistência de diversos grupos, incluindo entidades do agronegócio e agroindústria, que consideram a medida precipitada e mal fundamentada. Tais organizações ressaltaram, durante audiências públicas, a falta de estudos detalhados sobre as repercussões socioeconômicas e constitucionais do projeto. Além disso, aponta-se para uma potencial desativação de áreas produtivas, transformando-as em terrenos inativos e afetando significativamente a economia local.
Entidades como o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Etanol e a Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas expressaram preocupação com a proposta, enviando ofícios à Câmara de Vereadores para alertar sobre os possíveis impactos na geração de empregos e renda. Com o futuro do agronegócio de Rio Largo na balança, as próximas semanas serão cruciais para o destino da cidade e dos milhares de trabalhadores que dependem desse setor.