Abertura de garimpos na Terra Indígena Yanomami diminui quase 92% desde 2022, revela diretor da Casa de Governo em Roraima.



Na tarde desta terça-feira, o diretor da Casa de Governo em Roraima, Nilton Tubino, compareceu à Câmara dos Deputados para relatar uma significativa redução no número de garimpos na Terra Indígena Yanomami. Segundo Tubino, desde 2022, a abertura de novos garimpos diminuiu em cerca de 92%, enquanto o garimpo ativo na região teve uma redução de 66% neste ano. Em março, o garimpo estava ativo em 4.570 hectares, mas em agosto, esse número caiu para apenas 1.557 hectares.

A Terra Indígena Yanomami, que abrange 9,6 milhões de hectares nos estados do Amazonas e Roraima, é o lar de mais de 27 mil indígenas, de acordo com o Censo de 2022. Tubino foi um dos seis representantes ouvidos pela subcomissão especial que acompanha a crise humanitária dos Yanomami e Ye’Kwana na região Norte, vinculada à Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara.

Em suas declarações, Tubino destacou as medidas adotadas pelo governo para combater a crise na região, incluindo a criação da Casa de Governo em Roraima, estrutura física federal destinada a acompanhar a situação. Além disso, ele mencionou a Medida Provisória 1209/24, que aprovou um crédito extraordinário de R$ 1 bilhão para combater a crise na região.

Outro ponto de destaque foi a atuação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na Terra Indígena Yanomami. O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Jair Schmitt, ressaltou as estratégias adotadas para combater o garimpo, como o bloqueio de suprimentos para os garimpeiros, a destruição da infraestrutura utilizada por eles e a emissão de autuações ambientais.

Além disso, o Secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, destacou os esforços para melhorar a assistência médica na região, que resultaram em um aumento significativo no número de profissionais de saúde trabalhando no território. Tapeba ressaltou o aumento no orçamento da Sesai e a redução no número de óbitos na região.

Diante dos avanços registrados, é evidente que as ações governamentais têm contribuído para reverter o quadro de crise na Terra Indígena Yanomami. A atuação conjunta dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e da sociedade civil se mostra essencial para enfrentar os desafios existentes. Ainda há muito a ser feito, mas os resultados positivos até o momento demonstram que o caminho para a proteção dos povos indígenas está sendo trilhado com determinação e eficácia.

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