A ABC, em uma declaração oficial, informou que a suspensão é temporária enquanto a situação passa por uma avaliação mais profunda. A emissora enfatizou a importância da objetividade e imparcialidade em sua cobertura jornalística, afirmando que a atitude de Moran não representa os padrões e valores que a ABC se esforça para manter. A emissora também destacou que a crítica feita pelo jornalista violou diretamente esses padrões ao se tratar de ataques pessoais.
A repercussão do tuíte de Moran não tardou a provocar uma reação da administração Trump. Stephen Miller, o alvo direto da crítica, respondeu à publicação chamando o comentário de Moran de “colapso público total”. Em sua resposta no X, a plataforma que substituiu o Twitter, Miller fez uma afirmação incendiária, sugerindo que, ao longo dos anos, muitos jornalistas têm ocultado suas verdadeiras opiniões sob a máscara da imparcialidade, e que Moran havia finalmente revelado seu verdadeiro eu.
Esse episódio levanta questões sobre a linha tênue que jornalistas precisam navegar entre serem críticos e manter a imparcialidade nas suas reportagens. A postura de Moran reflete uma crescente tensão na relação entre a imprensa e o governo, especialmente em uma era onde a retórica política é frequentemente polarizada e intensa. O caso agora coloca em evidência a política interna da emissora, bem como a liberdade de expressão no discurso público, especialmente para aqueles que atuam na linha de frente da cobertura política. A suspensão de Moran pode servir como um alerta sobre as restrições que jornalistas enfrentam ao expressar suas opiniões num ambiente de constante vigilância, tanto por parte das instituições que representam quanto pela audiência que lhes segue.