É inegável que a questão do custo sempre encontra argumentos favoráveis. Os gramados sintéticos, com sua manutenção mais acessível em comparação com os gramados naturais, são vistos como uma opção viável para os clubes que buscam equilibrar as finanças e oferecer condições adequadas de jogo. No entanto, é crucial considerar a opinião daqueles que estão diretamente envolvidos no espetáculo: os atletas.
A imprensa tem defendido que, em situações em que o gramado natural não está em boas condições, o sintético se mostra como uma alternativa segura. Porém, é necessário lembrar que a verdadeira avaliação do jogo deve vir dos jogadores. Quando os atletas expressam desconforto ou preocupação com o aumento do risco de lesões em gramados sintéticos, é preciso levar esses relatos em consideração.
Apesar da falta de estudos científicos concretos que comprovem um aumento no número de lesões em gramados sintéticos, as experiências dos jogadores são evidências que não podem ser ignoradas. Em países como a Holanda, existem estudos alertando sobre os potenciais riscos à saúde, incluindo a possibilidade de desenvolvimento de câncer, devido ao uso de produtos químicos nesses gramados.
A praticidade e o custo reduzido dos gramados sintéticos são indiscutíveis. No entanto, é preciso avaliar se esses benefícios compensam o impacto na experiência dos jogadores, especialmente em termos de segurança. A integridade dos atletas é fundamental para garantir a qualidade do espetáculo, e, sem ela, todo o contexto perde sua relevância. Portanto, é imprescindível considerar a voz daqueles que realmente experimentam os efeitos das escolhas relacionadas aos gramados nos estádios.