Um dos líderes da bancada, o deputado Damião Feliciano, ressaltou a importância de participar das reuniões do colégio de líderes, que decidem a pauta de votações do Plenário. Segundo o deputado, esse espaço permitirá que questões que afetam diretamente a população negra sejam discutidas de forma prioritária na agenda da Câmara dos Deputados, especialmente em relação ao racismo, às políticas reparatórias e à igualdade racial.
A deputada Carol Dartora também destacou o aumento do número de representantes negros na Casa, que cresceu 9% nas últimas eleições, totalizando 122 deputados que se autodeclararam pretos ou pardos. Ela ressaltou que, apesar do avanço, os representantes negros ainda são minoria na Câmara, mesmo representando a maioria da população brasileira.
Além disso, o deputado Vicentinho destacou a importância de leis recentes que asseguram direitos da população negra, como a criação do Dia Nacional das Comunidades de Matriz Africana e Nações do Candomblé e a lei que obriga as empresas a informar anualmente a quantidade de negros no trabalho, visando desenvolver políticas para garantir igualdade de oportunidades.
A deputada Talíria Petrone enfatizou que a instituição formal da bancada negra representa o reconhecimento do racismo no Brasil e rompe com a “mentira da igualdade racial”. Para ela, a formalização da bancada é uma sinalização de que a Câmara está pronta para enfrentar as desigualdades raciais do país.
Já para a deputada Dandara, o Dia da Consciência Negra é uma oportunidade de relembrar a luta e a resistência do povo negro, em memória do líder Zumbi dos Palmares, que dedicou sua vida à busca pela liberdade.
Durante a sessão, os representantes da bancada negra ressaltaram a importância de dar visibilidade às questões raciais e de promover a igualdade de oportunidades para a população negra no Brasil. A formalização da bancada na Câmara dos Deputados representa um passo importante nesse sentido, mostrando que o tema das desigualdades raciais está cada vez mais presente na agenda política do país.