A Filha de Getúlio Vargas toma decisões sobre seu enterro e recusa honras militares em São Borja.



No dia 25 de agosto de 1954, o Brasil foi tomado por uma intensa comoção devido ao falecimento do ex-presidente Getúlio Vargas. Em meio a toda a agitação e tristeza, Dona Darcy Vargas, esposa do presidente, transferiu para sua filha, Alzira, todas as decisões a respeito do enterro de Getúlio. Mesmo transtornada, Alzira permaneceu firme e determinada, sem derramar uma única lágrima, sentada em uma poltrona de frente para o caixão do pai.

Em um gesto de altivez, Alzira recusou as honras militares oferecidas pelo governo, assim como a oferta do brigadeiro Eduardo Gomes de transportar o corpo e os familiares através da Força Aérea Brasileira. Em vez disso, a família optou pelo serviço da empresa aérea particular Cruzeiro do Sul, que levaria o corpo diretamente para São Borja, evitando escalas que poderiam gerar tumultos, como os ocorridos em Porto Alegre após a notícia do suicídio de Getúlio.

A cidade do Rio de Janeiro, onde ocorreram os episódios de violência, viu as autoridades interditarem o aeroporto Santos Dumont e intensificar a segurança em preparação para a despedida do ex-presidente. Manifestações passionais e homenagens simples, como a colocação de bilhetes e um Novo Testamento sobre o caixão, mostram o profundo impacto que a morte de Getúlio Vargas teve na população brasileira.

Com a aproximação da despedida final, os cariocas começam a se conscientizar da dimensão do evento e a se preparar para o momento de homenagem e luto nacional. A morte de Getúlio Vargas marcou um ponto de virada na história do Brasil e sua influência política perdura até os dias atuais.

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