Em agosto deste ano, Nicole Barr tirou 162 pontos no teste de QI da Mensa, a sociedade internacional de pessoas de alto QI. Com essa pontuação, a menina de apenas 12 anos ultrapassou a nota de dois dos maiores cientistas do mundo: Albert Einstein e Stephen Hawking. O QI estimado dos dois é 160. Em termos técnicos, Barr está muito acima da inteligência média global, que fica entre 90 e 109 pontos (de acordo com a escala Wechsler de QI).
Ao longo dos anos, algumas pesquisas científicas comprovaram que diversos fatores podem determinar se um indivíduo tem capacidade cognitiva alta. Um deles, por exemplo, revela que os irmãos mais velhos, geralmente, tiram pontos mais alto em testes de QI do que os mais novos. Mas a pontuação não tem nada relacionado com a genética e, sim, com relações pessoais.
Para fazer a pesquisa, os cientistas noruegueses utilizaram registros militares de 250 mil homens entre as idades de 18 e 19 anos, nascidos entre 1967 e 1976. Eles analisaram a ordem de nascimento, o estado de saúde e a pontuação de QI de cada participante.
Os resultados revelaram que o filho primogênito, em média, tinha um QI de 103. Enquanto isso, os segundos filhos tinham tirado 100 pontos no teste e os terceiros tinham feito 99 pontos. De acordo com o estudo, a diferença na pontuação está relacionada com a interação psicológica entre pais e filhos.
A pesquisa sugere que dois elementos são importantes durante a infância. O primeiro é o papel que uma criança tem na família. O segundo é o benefício aparente que uma criança recebe quando ensina outra pessoa, como um irmão mais novo.
Geralmente, irmãos mais velhos precisam desempenhar papéis mais complicados do que os mais novos. Por isso, precisam desenvolver suas habilidades cognitivas para se tornarem mais independentes e responsáveis.
Você é muito ansioso
Você é aquela pessoa que fica ansiosa antes da prova ou se preocupa demais com qualquer assunto? A ciência tem uma boa notícia para você: indivíduos preocupados tendem a tirar notas mais altas em testes de QI.
Em um estudo de 2014, pesquisadores canadenses examinaram a relação entre inteligências verbal e não-verbal com diversos fatores como distúrbios de ansiedade, depressão e processos cognitivos de preocupação.
Para a pesquisa, 126 universitários preencheram questionários dizendo quantas vezes eles se sentiram preocupados. Além disso, precisaram responder com que frequência eles pensavam em situações que os incomodavam.
O resultado revelou que as pessoas que tendem a se preocupar mais tiraram pontos mais altos em testes de inteligência verbal – normalmente, estruturada mentalmente por diálogo, leitura e raciocínio. No entanto, os menos ansiosos pontuaram mais em exames de inteligência não-verbal.
Você é divertido
Um estudo da Universidade do Novo México, nos EUA, mostrou que pessoas mais inteligentes são, geralmente, mais engraçadas. Os pesquisadores analisaram testes de raciocínio abstrato, inteligência verbal, capacidade de produção de humor e comportamentos sexuais de 400 estudantes universitários (200 homens e 200 mulheres).
A hipótese dos cientistas era que um bom sensor de humor está ligado à inteligência e é sexualmente atraente. A partir de modelos de equações estruturais, eles descobriram que a inteligência verbal está relacionada com humor divertido.
Além disso, os resultados também mostraram que homens geralmente apresentam maior capacidade de produção de humor do que mulheres. Segundo os pesquisadores, isso se explica pelo comportamento animal de que o macho precisa conquistar a fêmea para o acasalamento e a procriação.
Você é politicamente liberal
O liberalismo começou durante a Guerra Civil inglesa. A filosofia política é fundada sobre ideais de liberdade individual e igualdade, o liberalismo começou na Guerra Civil inglesa. Pessoas que apoiam políticas liberais são mais inteligentes do que as conservadoras, de acordo com com Satoshi Kanazawa, professor da Escola de Ciências Econômicas e Políticas de Londres.
Para comprovar a teoria, ele fez a análise de dois estudos sobre o assunto. O primeiro foi com respostas de mais de 20 mil estudantes norte-americanos sobre suas visões políticas. O pesquisador descobriu que alunos extremamente liberais tinham, em média, QI de 106 pontos. Em comparação, alunos conservadores tinham 94 pontos.
O segundo estudo utilizou dados da Pesquisa Geral Social dos EUA para examinar o efeito da inteligência sobre a adoção de valores liberais e familiares. Os resultados? Idênticos aos da primeira pesquisa.
Você consome drogas recreativas
Pesquisadores britânicos descobriram uma relação polêmica entre o consumo de drogas recreativas (maconha, cocaína, ecstasy) e a inteligência. Segundo eles, crianças com QIs altos tem maior propensão de utilizar drogas quando adultas.
Os 6.713 participantes do estudo fizeram parte da Pesquisa Nacional de Desenvolvimento Infantil em 1958. Nela, o QI das pessoas foi avaliado aos 11 anos. Aos 42 anos, os participantes precisaram responder a um questionário sobre o uso de drogas ilegais.
Apesar de estudos anteriores revelarem o contrário, os cientistas concluíram que “um QI elevado na infância pode promover a adoção de comportamentos que são potencialmente prejudiciais para a saúde (ou seja, o excesso de consumo de álcool e uso de drogas) na idade adulta”.
Exame