A cena do crime ocorreu em frente à casa de Om Fahad, no centro de Bagdá, enquanto ela estava dentro de seu veículo. Testemunhas relataram que um homem em uma motocicleta se aproximou e atirou contra a tiktoker, causando sua morte. As autoridades preferiram não se identificar ao falar sobre o assunto.
Essa tragédia evidencia a situação delicada em que se encontram os influenciadores digitais no Iraque, um país de cultura conservadora e patriarcal. O governo iraquiano, no ano passado, iniciou uma campanha para monitorar e banir conteúdos considerados contrários à moral e às tradições do país, reprimindo figuras públicas que desobedecessem essas diretrizes.
Não é a primeira vez que uma personalidade das redes sociais é vítima de violência no Iraque. Em 2018, a modelo e influenciadora Tara Fares foi assassinada a tiros em Bagdá, em circunstâncias semelhantes. A extensa circulação de armas no país, resultado de décadas de conflitos, torna essas tragédias mais frequentes e preocupantes.
A morte de Om Fahad levanta questões sobre a liberdade de expressão e os limites impostos às figuras públicas nas redes sociais em um país como o Iraque. A violência contra influenciadores digitais representa não apenas um ataque à liberdade individual, mas também um reflexo das tensões e desafios enfrentados pela sociedade iraquiana como um todo.
