Essa nova modalidade de financiamento será direcionada, inicialmente, a famílias com renda mensal de até R$ 2.640, que fazem parte da Faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida. O FGTS Futuro é uma projeção dos valores que serão recolhidos pelos empregadores nos próximos anos, e será utilizado para a compra de imóveis novos e usados.
O objetivo do FGTS Futuro é auxiliar os trabalhadores formais a complementar a capacidade de renda familiar na obtenção do financiamento habitacional. No caso de adesão, o mutuário assumirá dois contratos: um original, com o valor tradicional do financiamento, e um complementar com a parte do FGTS Futuro.
Segundo a Caixa, o titular da conta vinculada do FGTS poderá autorizar a utilização dos recursos disponíveis nas contas do FGTS para a caução dos créditos, por um prazo de até 120 meses, durante a contratação do crédito habitacional. A opção pelo FGTS Futuro deve ser feita no ato da contratação e os valores ficarão bloqueados na conta vinculada até a quitação do saldo devedor.
Em caso de desemprego, o trabalhador não terá acesso ao FGTS Futuro comprometido, mas terá direito a sacar a multa de 40% em caso de demissão sem justa causa. Ele poderá negociar a forma de pagamento com a Caixa, utilizando recursos do Seguro Desemprego, por exemplo, ou solicitar uma trégua no pagamento das prestações.
A expectativa do Ministério das Cidades é que 43 mil famílias sejam beneficiadas com o FGTS Futuro, que estará disponível apenas para novos financiamentos. Com um orçamento de R$ 97,15 bilhões para novas contratações no Minha Casa, Minha Vida, o FGTS também destina R$ 8,5 bilhões para financiamentos fora do programa.