A tensão diplomática entre a França e a Rússia devido à guerra na Ucrânia tem aumentado as preocupações em relação à segurança dos Jogos. O presidente Emmanuel Macron sugeriu a possibilidade de enviar tropas ocidentais para a Ucrânia, o que gerou uma resposta furiosa de Moscou.
Strubel destacou em entrevista à AFP que a ANSSI está se preparando para diferentes tipos de ataques, incluindo aqueles originados por estados insatisfeitos por diversas razões. Além disso, o diretor ressaltou que cibercriminosos em busca de dinheiro e hackers “hacktivistas” também representam perigos para a segurança cibernética do evento.
A agência estatal de segurança cibernética da França tem se dedicado a prevenir, detectar e responder a possíveis ataques cibernéticos durante as Olimpíadas. O histórico de ataques durante edições anteriores dos Jogos, como em 2012 e 2018, alertam para a necessidade de reforçar a segurança dos sistemas que sustentam o evento esportivo.
Além disso, a empresa francesa Atos, que atua no ramo de serviços de TI e segurança cibernética, enfrenta uma crise financeira no momento em que se prepara para desempenhar um papel crucial nos Jogos de Paris. Apesar do endividamento e da desvalorização de suas ações, a Atos segue como parceira tecnológica do Comitê Olímpico Internacional e fornecedora importante de segurança cibernética para o evento.
A vigilância e as auditorias realizadas pela ANSSI nos sistemas da Atos são medidas adotadas para garantir a segurança durante os Jogos. Encontros regulares com a equipe da empresa são realizados para evitar possíveis problemas e assegurar que o evento ocorra sem maiores transtornos. A expectativa é que os Jogos de Paris sejam realizados com segurança e sem interrupções devido a ataques cibernéticos.
