Flávio Bolsonaro pede ao TCU investigação de licitação milionária da Secom para contratar agências de publicidade em favor de Lula.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) que realize uma investigação e suspenda a licitação conduzida pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) com o intuito de contratar agências de publicidade no valor de R$ 197 milhões. O senador levantou suspeitas de favorecimento de empresas e possibilidade de utilização dos contratos para a promoção da imagem pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Até o momento, a Secom não se manifestou sobre a representação feita por Flávio Bolsonaro.

Na quarta-feira, 24, a Secom divulgou os vencedores da licitação iniciada em janeiro deste ano, para a contratação de quatro agências de publicidade responsáveis por gerenciar as redes sociais do governo federal. Flávio Bolsonaro direcionou sua representação contra o presidente e o ministro da Secom, Paulo Pimenta, alegando que a licitação atende a interesses pessoais e que os contratos podem ser utilizados para promover a imagem pessoal de Lula, o que configuraria um ato de improbidade administrativa.

O senador também questionou a antecipação dos resultados da licitação pela imprensa, alegando que o site O Antagonista revelou os vencedores um dia antes do anúncio oficial. Ele também pediu uma análise sobre possíveis perseguições políticas por meio dos serviços das empresas contratadas, levantando preocupações sobre a moderação de conteúdo e perfis em redes sociais, insinuando a criação de um Gabinete de Perseguição.

As quatro primeiras colocadas na avaliação das propostas técnicas foram Usina Digital, Área Comunicação, Moringa L2W3 e o Consórcio BR e Tal. No entanto, a Moringa L2W3 e a Área Comunicação foram desclassificadas por não apresentarem toda a documentação requerida pelo edital. Com isso, foram substituídas pela IComunicação e pela Clara Digital. Cada agência contratada deverá receber cerca de R$ 49 milhões por contratos com duração de um ano, que podem ser prorrogados.

A mudança na estratégia de comunicação digital do governo é vista como uma tentativa de elevar a popularidade do governo de Lula, que vem sofrendo quedas nas pesquisas desde o início do ano. O critério de escolha das agências foi pautado na “melhor técnica” em vez do menor preço, com as empresas vencedoras sendo aquelas capazes de executar tarefas como mapeamento de presença digital dos ministérios e podcasts.

A Secom justificou a contratação das agências com o objetivo de promover a publicidade e o direito à informação, disseminando ideias, posicionando instituições e programas, informando a população e orientando o público em geral. As agências contratadas terão a responsabilidade de implementar formas inovadoras de comunicação digital para ampliar o alcance das mensagens do governo.

Além disso, as empresas selecionadas deverão utilizar técnicas de machine learning e inteligência artificial para analisar o sentimento das notícias de interesse do governo federal e realizar pesquisas intensas nas redes sociais sobre temas relacionados ao governo. Essas ações visam entender a receptividade das ações de Lula e seus ministros no ambiente online.

Em resumo, a licitação milionária para contratação de agências de publicidade pela Secom gerou questionamentos por parte do senador Flávio Bolsonaro, levando o TCU a analisar possíveis irregularidades e favorecimentos no processo. Enquanto isso, as agências vencedoras se preparam para assumir a gestão das redes sociais do governo, com um foco especial na ampliação da presença e da influência do presidente Lula no ambiente digital.

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