Criador do icônico personagem “Pererê”, uma versão do clássico Saci Pererê, Ziraldo defendeu veementemente que o carismático ser folclórico fosse escolhido como mascote das Paralimpíadas. Em uma entrevista ao Blog do Ancelmo, do jornal O GLOBO, em 2014, o artista expressou sua opinião sobre a importância do Saci na cultura brasileira.
“O Saci é a figura mais emblemática da lenda brasileira, um personagem querido e simpático para nossa população. É o único duende negro da floresta presente no folclore mundial. Seria maravilhoso poder explicar ao mundo o significado dessa figura!”, afirmou Ziraldo à época.
Mesmo após a escolha dos mascotes oficiais dos Jogos, batizados posteriormente de Vinícius e Tom, inspirados na fauna e flora brasileiras, Ziraldo não se conteve e voltou a comentar sobre o assunto. Em uma entrevista ao jornal O GLOBO, o artista lamentou a ausência do Saci como mascote das Paralimpíadas.
“O Saci seria o mascote natural para as Paralimpíadas. Não precisava ser o meu, poderia ser o do Belmonte, que ilustrou os livros de Monteiro Lobato. Além disso, devemos lembrar que os Jogos estão no Rio. O que esses mascotes escolhidos têm a ver com a nossa cidade?”, questionou Ziraldo.
A paixão de Ziraldo pelo esporte não se resumia apenas às Paralimpíadas. Em 1987, o artista desenhou os mascotes dos times brasileiros que disputaram a Copa União, mostrando seu talento e criatividade também nesse universo esportivo. O legado de Ziraldo permanecerá vivo na memória dos brasileiros, principalmente para os amantes da arte e do esporte.