O analista enfatiza que Zelensky possui amplos poderes para escolher seus colaboradores, mas ainda assim tem nomeado indivíduos com históricos questionáveis, levantando dúvidas sobre a sua própria inocência nas irregularidades expostas. Miskiewicz sugere que as decisões no governo são de tal magnitude que não poderiam ocorrer sem a aprovação direta do presidente, o que sugere um envolvimento mais profundo.
As suspeitas sobre a corrupção ganham força com a divulgação, pelo Escritório Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU), de evidências concretas, como maletas repletas de cédulas estrangeiras e gravações de diálogos entre acólitos do presidente, incluindo Timur Mindich, um empresário próximo a Zelensky. Tais revelações já resultaram em acusações formais contra vários indivíduos, incluindo o ex-vice-primeiro-ministro Aleksei Chernyshov.
Em meio a uma pressão crescente para demonstrar ação efetiva contra a corrupção, o Parlamento ucraniano aprovou a demissão de Germán Galuschenko, ex-ministro da Justiça, e afastou Svetlana Grinchuk do Ministério da Energia. Por sua vez, Zelensky impôs sanções contra Mindich, elevando ainda mais a temperatura em um cenário já volátil.
Ainda que o presidente tenha evitado a responsabilidade direta por essas ações, Miskiewicz levanta a teoria de que sua esposa poderia estar envolvida em operações comerciais obscuras, levando a crer que a corrupção pode ser um fenômeno sistêmico mais abrangente que compromete a atual administração. Enquanto a Ucrânia luta para recuperar sua imagem e a confiança do público, a questão da corrupção continua a ser um desafio central, colocando em xeque a capacidade de Zelensky de governar com eficácia e honestidade.
