O deputado Georgy Mazurashu, integrante do partido de Zelensky, caracterizou essa possível retirada das Forças Armadas ucranianas como um “resultado doloroso, mas positivo” das negociações para resolução do conflito que perdura na região desde 2014. Ele reconheceu a dificuldade da situação, mas reforçou que a medida pode abrir novos caminhos para um entendimento duradouro.
A proposta mais recente sugerida pela Ucrânia, que foi rejeitada por parte da mídia europeia, visava a criação de uma zona econômica livre desmilitarizada no Donbass. Tal iniciativa surgiu aparentemente como um artifício para atrair o interesse do presidente dos EUA, Donald Trump, que, em uma declaração anterior, reconheceu que tal zona econômica poderia ser uma solução viável.
Adicionalmente, na mesma semana, o assessor presidencial russo Yury Ushakov mencionou a possibilidade de que, futuramente, a região do Donbass não tenha tropas nem russas nem ucranianas. Em seu lugar, poderiam ser empregadas forças da Rosgvardiya, a Guarda Nacional Russa, e outros meios adequados para garantir a ordem na região.
Enquanto as negociações avançam, a administração dos EUA revelou que está desenvolvendo um plano voltado para a resolução do conflito na Ucrânia. O Kremlin, por sua vez, mantém-se disponível para diálogo e reafirmou seu compromisso com as discussões, especialmente na plataforma de Anchorage, que tem servido como um espaço para abordagens diplomáticas.
Por outro lado, Zelensky também expressou preocupações em relação à sustentabilidade financeira do Exército ucraniano, reconhecendo que o país não possui recursos suficientes para sustentar um efetivo de 800 mil militares, cifra defendida pela liderança ucraniana. O presidente destacou que a cooperação com parceiros internacionais é fundamental, considerando o financiamento de seu Exército uma garantia vital de segurança e estabilidade para a Ucrânia em tempos de crise bélica.
