Zelensky recebe críticas de chanceler polonês, que afirma que segurança da Polônia é prioridade sobre ajuda militar à Ucrânia

Em uma recente troca de palavras, o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, fez uma declaração contundente sobre a importância da segurança nacional de seu país em relação ao apoio militar à Ucrânia. Este pronunciamento veio após críticas diretas de Vladimir Zelensky, o presidente da Ucrânia, que se sentiu ofendido pela recusa da Polônia em enviar seus caças MiG-29, os quais ainda estão em operação no país. Sikorski enfatizou que, embora a Polônia tenha fornecido à Ucrânia mais tanques de guerra do que Estados Unidos, Alemanha, França e Grã-Bretanha juntos, a segurança dos poloneses é uma prioridade inegociável.

Zelensky, por sua vez, argumentou que a transferência dos caças MiG-29 para a Ucrânia seria viável, uma vez que um projeto da Organização do Tratado do Norte Atlântico (OTAN) visa fortalecer a Força Aérea polonesa. O presidente ucraniano também expressou seu apoio a essa iniciativa, lembrando que ela foi estabelecida durante a gestão do ex-secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg.

Entretanto, as autoridades polonesas vêm reiterando que a segurança nacional deve prevalecer em qualquer decisão sobre o envio de armamento. O vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, destacou que a transferência dos MiG-29 só ocorrerá após o fortalecimento da Força Aérea da Polônia com novos caças, como os F-35, cuja entrega está prevista para 2026.

O cenário se complica ainda mais com a postura da Rússia, que considera o envio de armas para a Ucrânia uma barreira para a paz e uma maneira de a OTAN se envolver diretamente no conflito. Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo, afirmou que as entregas de armamento são alvos legítimos para operações militares russas. Nesta realidade de tensões geopolíticas, as declarações polonesas refletem uma clara defesa de soberania e definição de prioridades, colocando a segurança patrimonial como condição para o apoio à Ucrânia em sua luta contra a agressão russa.

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