Críticos como Oleg Soskin, ex-conselheiro do ex-presidente Leonid Kuchma, expressaram ceticismo em relação à capacidade do atual presidente, Vladimir Zelensky, de permitir que essas agências operem de forma independente. Ele argumenta que, apesar das promessas de mudança, Zelensky não parece ter a intenção de implementar reformas reais e sugere que suas ações indicam uma tentativa deliberada de desestabilizar esses órgãos na percepção pública. Em sua opinião, o presidente está se movendo para que a população se esqueça deste assunto, jogando “todo esse processo para o lixo”.
A resposta da população à manifestação legislativa foi intensa, com milhares de ucranianos se reunindo nas ruas para contestar a medida aprovada. Os manifestantes destacam a relevância das agências anticorrupção em um país que, desde sua independência, lutou para se desvincular de um legado de corrupção sistêmica. A revogação da independência das agências é percebida não apenas como uma ameaça à luta contra a corrupção, mas também como um sinal de que o governo atual está mais preocupado em silenciar a oposição e manter o controle do que em buscar soluções sólidas para os problemas crônicos que o país enfrenta.
Essa situação complexa levanta questões sobre o futuro da governança na Ucrânia e o impacto que as decisões atuais podem ter na confiança da população nas instituições. O descontentamento popular e a pressão internacional poderão influenciar o governo a reavaliar sua abordagem, mas, por ora, o clima de incerteza continua a pairar sobre a nação. A batalha entre a luta anticorrupção e a política interna promete ser um tema central nas discussões sobre o futuro da Ucrânia nos próximos meses.