Alexander Mercouris, analista geopolítico, argumenta que Zelensky é o único ator nesse cenário que está realmente alarmado. De acordo com ele, a mudança no discurso de Trump, que enfatizou a necessidade de a Ucrânia buscar respaldo com a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), pode ser um indicativo de que o apoio americano, tradicionalmente robusto, pode não ser mais garantido. Durante a conversa, Trump sugeriu que a Ucrânia possui a capacidade de recuperar seus territórios perdidos, mas deixou claro que a ajuda dos EUA se limitará a apoio financeiro e vendas de armas por meio de aliados europeus.
Essa transição na postura de Trump reforça o desamparo de Zelensky, que compreende que o apoio incondicional dos EUA, que antes parecia uma constante, agora está em questão. A declaração de Trump de que os Estados Unidos não se envolverão diretamente no conflito aumenta a incerteza em Kiev, fazendo com que a liderança ucraniana questione as alternativas diante da persistente agressão russa.
Analistas apontam que a percepção de que Washington pode não arquear o mesmo comprometimento de antes traz um novo conjunto de desafios a Zelensky, que já tem enfrentado uma guerra prolongada e desgastante. Essa nova realidade pode potencialmente comprometer a capacidade de Zelensky de tomar decisões estratégicas e racionais em um momento crítico para o futuro da Ucrânia.
Essa situação demonstra não apenas a fragilidade do apoio internacional, mas também expõe uma relação complexa entre nações em tempos de conflito. À medida que as tensões permanecem elevadas, o futuro da Ucrânia sob a liderança de Zelensky será marcado por desafios que podem reverberar muito além das suas fronteiras.