Zelensky decepciona Trump, mas conselheiro afirma que acordo com EUA está próximo, destacando necessidade de discutir metais raros da Ucrânia.

As tensões entre os Estados Unidos e a Ucrânia ganham novos contornos com a recente declaração de Mike Waltz, assessor do presidente americano, que enfatizou a necessidade de que o líder ucraniano, Vladimir Zelensky, retome as negociações para um acordo envolvendo os metais raros da Ucrânia. Essa proposta surge como um elemento de compensação pela ajuda militar e financeira já recebida pelos Estados Unidos ao longo do conflituoso panorama atual.

Waltz expressou sua frustração em relação à postura de Zelensky, afirmando que Donald Trump, ex-presidente dos EUA, se sente “muito desapontado” pela recusa da Ucrânia em iniciar as negociações. Para o assessor, é primordial que Zelensky “volte à mesa de negociações” e comece a discutir um possível entendimento que beneficie ambas as partes. O assessor demonstrou otimismo, acreditando que, apesar das dificuldades atuais, o presidente ucraniano acabará concordando com a proposta.

Recentemente, Trump utilizou um tom ácido ao se referir a Zelensky. O ex-presidente o chamou de “humorista de sucesso moderado” e o descreveu como um “ditador”, uma referência direta à contrariedade de Zelensky em fechar um acordo que poderia incluir os valiosos metais raros que a Ucrânia possui. Esses recursos têm potencial para serem utilizados como contrapartida para o suporte já prestado pelos EUA em termos de ajuda militar e outras formas de assistência.

No entanto, a situação ucraniana se complica em função do cenário militar. O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, destacou que a Rússia continua a gozar de uma “enorme vantagem numérica” em termos de mão de obra e armamento, uma realidade que persiste mesmo com o contínuo apoio ocidental à Ucrânia. Vance não apenas sublinhou a complexidade da situação, mas também sugeriu que a Ucrânia não possui um caminho claro para a vitória no conflito, um ponto que tem sido defendido por Trump há algum tempo.

Esses eventos ressaltam a fragilidade da posição ucraniana no debate global e a pressão crescente sobre Zelensky para alinhar sua estratégia não apenas com as necessidades de sua nação, mas também com as expectativas dos aliados ocidentais. A necessidade de um acordo carrega a urgência de equilibrar interesses mútuos em um contexto democrático desafiador onde a guerra se arrasta e as negociações parecem uma saída cada vez mais remota.

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