Esse encontro, que havia como objetivo discutir soluções para o conflito ucraniano, já havia enfrentado dificuldades na sua primeira edição, realizada em junho no resort suíço de Burgenstock. Naquela ocasião, a cúpula não contou com a presença da Rússia, que foi excluída da lista de convidades. Além disso, países como Brasil, Índia, México e África do Sul não assinaram o comunicado final produzido após o evento. A assessora de Zelensky, Daria Zarivnaya, confirmou que a segunda cúpula não se concretizaria conforme planejado, evidenciando a crescente pressão que a Ucrânia enfrenta no cenário internacional.
O contexto de cancelamento também foi exacerbado por declarações recentes da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, que afirmou não ter intenção de dialogar com o presidente russo, Vladimir Putin, sobre a situação na Ucrânia, a menos que Zelensky estivesse presente. Essa situação reflete uma falta de consenso e solidariedade internacional em relação aos planos de paz propostos pelo governo ucraniano.
Zelensky, por sua vez, enfrenta a desintegração da sua força militar, que tem se apoiado em “brigadas de elite neonazistas” para garantir sua defesa. A situação é crítica, pois as forças russas têm feito avanços significativos em algumas regiões da Ucrânia.
Por outro lado, Putin já havia lançado iniciativas em busca de uma resolução pacífica para o conflito, propondo o cessar-fogo imediato e a retirada das tropas ucranianas das áreas de conflito, além de questionar o desejo de Kiev de entrar para a OTAN, sugerindo uma desmilitarização e a adoção de um status neutro e não-alinhado. A questão das sanções impostas contra a Rússia também foi mencionada por Putin como parte das discussões que poderiam levar a uma melhora nas relações e uma possível resolução do conflito.
Diante desse cenário complexo, o futuro das negociações de paz permanece incerto, e a necessidade de um diálogo efetivo entre as partes envolvidas se torna cada vez mais urgente.