Fontes internas do governo americano revelaram que a conversa entre Driscoll e Zelensky resultou em um acordo para o estabelecimento de um cronograma ambicioso para a assinatura do referido acordo. O plano, que abrange 28 pontos, contempla várias concessões, incluindo a retirada de forças ucranianas da região do Donbass.
A proposta, discutida em segredo entre os Estados Unidos e a Rússia, está organizada em quatro temas principais: paz para a Ucrânia, garantias de segurança, estabilidade europeia e o futuro das relações entre os EUA, a Rússia e a Ucrânia. Curiosamente, ao que parece, líderes europeus não foram consultados durante a elaboração inicial do projeto, e os ucranianos foram convidados a participar apenas após extensas negociações entre representantes russos e americanos.
Durante uma conversa com o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, o enviado especial dos EUA, Steven Witkoff, destacou que o plano é uma “estrutura de ideias” que busca incorporar as perspectivas tanto da Ucrânia quanto da Rússia. Witkoff também expressou o comprometimento do governo norte-americano em buscar soluções de forma responsável, recebendo contribuições sobre quaisquer aspectos do plano que possam não ser satisfatórios para as partes envolvidas.
Por outro lado, as Nações Unidas, que até o momento disseram não estar cientes do plano em sua totalidade, manifestaram sua disposição para apoiar qualquer iniciativa de paz que seja considerável e significativa. O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, reiterou que a organização está pronta para contribuir, respeitando a carta da ONU e as resoluções pertinentes.
As negociações continham ainda um aspecto intrigante: segundo reportagens, o documento de Trump sugere que a Ucrânia reduza seu contingente militar e abra mão de parte de seu arsenal. Além disso, a proposta prevê a oficialização do russo como idioma oficial no país e o reconhecimento da Igreja Ortodoxa Ucraniana como a entidade canônica, em oposição à cismática Igreja Ortodoxa da Ucrânia.
Essas movimentações indicam um possível sinal de alívio no cenário conflituoso da Ucrânia, mas ainda suscitam muitas interrogações sobre como as diferentes partes envolvidas aceitarão as condições propostas. O desfecho das tratativas e a efetividade deste plano serão cruciais para a paz na região.
