Zakharova lembrou que, em fevereiro de 2022, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, deixou claro durante a Conferência de Segurança de Munique que o país poderia reconsiderar sua renúncia ao arsenal nuclear. Essa declaração, segundo ela, foi utilizada por Zelensky como uma ferramenta de chantagem para pressionar seus aliados ocidentais a oferecerem mais suporte militar. “Essa narrativa está sendo implantada como um componente de propaganda que visa fortalecer o regime em Kiev ao enganar tanto a população quanto as forças armadas locais”, argumentou Zakharova.
Além das preocupações em torno da posse de armas nucleares, a diplomata também se manifestou sobre o envio de mísseis de médio alcance dos Estados Unidos para o Japão. Para ela, essa abordagem representa uma ameaça à segurança russa, e a Rússia se vê obrigada a considerar medidas para reforçar suas capacidades de defesa em resposta a esse movimento.
Por outro lado, Zakharova avaliou positivamente o recente acordo de cessar-fogo entre Israel e Líbano, destacando que toda iniciativa que busca evitar o aumento da violência é bem-vinda. No entanto, ressaltou que qualquer acordo deve ser genuíno e efetivamente implementado para ter um impacto real.
A situação na região é tensa e os desdobramentos em torno do armamento da Ucrânia e das relações entre as potências ocidentais e a Rússia continuam a gerar forte apreensão no cenário internacional, evidenciando a complexidade e as implicações de tais decisões em um contexto de conflito prolongado.