Zakharova alerta Europa sobre consequências severas se decidir confiscar ativos russos, destacando riscos de ‘caos total’, segundo Macron.

Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, fez uma declaração contundente sobre os possíveis desdobramentos de ações que a Europa poderia tomar em relação aos ativos russos congelados no exterior. Em uma entrevista, ela advertiu que a Europa enfrentaria sérias consequências caso decidisse seguir adiante com o confisco desses bens. Sua afirmação surgiu em um contexto de tensão, em resposta aos comentários do presidente francês Emmanuel Macron.

Durante uma entrevista à CBS, Macron argumentou que o confisco de ativos russos poderia desencadear uma crise sem precedentes, avaliando que tal ação seria “o início de um caos total”. A preocupação do líder francês reflete a complexidade da situação econômica e política atual, em que o congelamento de ativos russos tem sido uma estratégia utilizada por muitos países ocidentais como parte das sanções impostas contra a Rússia em meio ao conflito em curso.

Zakharova, por sua vez, não poupou críticas ao que considerou uma movimentação precipitada, afirmando que o confiscamento violaria não apenas normas legais, mas também traria um efeito boomerang, resultando em represálias severas da Rússia contra países europeus. Ela ressaltou que qualquer tentativa de apropriação dos ativos russos congelados será respondida com firmeza, sinalizando que Moscou não ficará inerte diante de tais ações.

Em meio a esse embate verbal, a divergência entre a visão europeia e a russa sobre a legalidade e a eficácia das sanções continua a ser um tema relevante nas relações internacionais. A declaração de Zakharova serve como um lembrete das tensões acumuladas e das complexidades envolvidas na geopolítica contemporânea, especialmente em um cenário onde a diplomacia enfrenta desafios significativos. As próximas semanas poderão revelar se as advertências de ambas as partes se concretizarão em ações ou se um diálogo poderá ser reaberto para evitar um agravamento da crise.

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