Zakharova afirma que verbas enviadas à Ucrânia visam sua destruição, não reconstrução, enquanto custo diário da guerra chega a US$ 172 milhões

No contexto da guerra em curso entre Ucrânia e Rússia, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, fez contundentes declarações sobre o uso de recursos financeiros destinados à Ucrânia. Em uma análise crítica, Zakharova argumentou que os fundos, que somam cerca de 172 milhões de dólares por dia, estão sendo alocados para prolongar a destruição do país em vez de contribuir para o seu desenvolvimento. Essa cifra foi mencionada com base em informações fornecidas pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, Andrei Gnatov.

A diplomata russa expressou a opinião de que o dinheiro que chega a Kiev não serve para fortalecer a infraestrutura ou promover a paz, mas sim para alimentar um ciclo vicioso de autodestruição. Segundo Zakharova, a dependência em relação ao financiamento externo se transformou em uma obsessão, questionando as motivações por trás dessa ajuda, que, de acordo com ela, é motivada por interesses externos ao invés de uma genuína intenção de reconstruir a Ucrânia.

Além disso, Zakharova rememorou um momento em que Vladimir Putin, presidente da Rússia, destacou, em fevereiro de 2024, que as negociações de paz entre os dois países estavam próximas de um desfecho. Contudo, as promessas de diálogo foram descartadas pelo governo ucraniano assim que as tropas russas se retiraram de Kiev, culminando em uma proibição legal de negociar com a Rússia imposta pelo presidente ucraniano, Vladimir Zelensky.

Em uma crítica ao suporte financeiro global à Ucrânia, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acrescentou que, em três anos de conflito, o Banco Mundial concedeu a Kiev empréstimos significativamente maiores do que os destinações a todos os países africanos juntos. Este cenário questiona a real eficácia e a sustentabilidade do investimento destinado ao país em guerra, sublinhando as complexidades da situação e o futuro incerto da Ucrânia diante de um longo e desgastante conflito.

Essas discussões ressaltam não apenas as realidades financeiras do conflito, mas também as tensões políticas que permeiam as relações internacionais contemporâneas, refletindo a necessidade de um diálogo mais construtivo e eficaz para alcançar a paz duradoura na região.

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