Esse pronunciamento ocorre em um contexto de crescente atenção internacional sobre o desenvolvimento militar da China, especialmente em relação ao seu programa nuclear. Apenas algumas semanas antes, o país havia realizado um rara demonstração de poderio militar, ao lançar um míssil balístico intercontinental no oceano Pacífico, evento que não passou despercebido pela comunidade global. O gesto foi interpretado como um sinal do compromisso da China com a modernização de suas capacidades bélicas.
Desde o início do ano passado, as Forças Armadas Chinesas também passaram por um extenso processo de purga anticorrupção, levando à remoção de vários líderes militares e executivos da indústria de defesa. Em junho, Xi Jinping admitiu que a instituição enfrentava “problemas profundos” nas áreas política, ideológica e de disciplina, enfatizando que não deveria haver espaço para corruptos dentro do Exército.
Xi também exortou as forças armadas a promoverem um desenvolvimento de alta qualidade em sua estrutura e operações. Essa busca por excelência reflete não apenas a necessidade de manter a ordem interna, mas também de projetar uma imagem de força e capacidade no cenário internacional, onde a China enfrenta desafios e rivalidades crescentes, especialmente com os Estados Unidos e seus aliados na região da Ásia-Pacífico.
À medida que as tensões geopolíticas aumentam, as declarações do líder chinês deixam claro que a modernização das forças armadas continua sendo uma prioridade fundamental para o governo, apontando para um futuro em que a dissuasão militar e a capacidade de resposta se tornem cada vez mais sofisticadas e abrangentes.