Esta será a primeira viagem de Xi à Europa desde o início da pandemia de Covid-19, período em que a China ficou praticamente isolada do mundo por quase três anos. Com a viagem, o líder chinês busca renovar contatos e fortalecer relações com o continente europeu, como forma de equilibrar as tensões recorrentes com os Estados Unidos, sem abrir mão dos laços com a Rússia.
Durante a visita, Xi Jinping terá a oportunidade de expressar o descontentamento de Pequim em relação às investigações comerciais abertas na Europa contra a China. Além disso, a guerra na Ucrânia será um dos temas prioritários a serem discutidos, especialmente com a França, que completa seis décadas de relações diplomáticas com a China este ano.
Em Paris, Xi se encontrará com o presidente Emmanuel Macron e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para debater questões como a influência da China sobre a Rússia e as investigações europeias sobre práticas empresariais chinesas em diversos setores.
Apesar da neutralidade oficial da China no conflito na Ucrânia, as autoridades chinesas são apontadas como um ator internacional com influência suficiente sobre Moscou. No entanto, não se espera que Pequim imponha sanções à Rússia, o que pode gerar um debate delicado durante a visita.
Além disso, as relações comerciais entre a China e a Europa também estarão em pauta, com destaque para as investigações sobre práticas empresariais chinesas em setores estratégicos europeus. Após a passagem pela França, Xi Jinping seguirá para Hungria e Sérvia, países com os quais mantém relações amistosas, em uma possível tentativa de fortalecer uma aliança contra o mundo ocidental.
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