Após o encontro com Biden nos Estados Unidos, o líder chinês afirmou que os pandas da China poderiam ser os “enviados da amizade entre o povo chinês e americano”. Xi enfatizou que a China está disposta a continuar sua cooperação com os EUA na conservação do panda e a fazer tudo que for possível para aprofundar os laços de amizade entre os dois povos.
A Casa Branca respondeu positivamente a essa proposta, garantindo que ficaria feliz em receber de volta os pandas. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, afirmou que se a China decidir devolver alguns dos pandas aos Estados Unidos, eles seriam bem-vindos novamente.
A “diplomacia do panda” é uma estratégia utilizada pela China desde 1972, quando os primeiros animais chegaram aos Estados Unidos como presente após a histórica visita do presidente Nixon à nação governada pelo Partido Comunista. No entanto, as tensões recentes entre as superpotências rivais levaram Pequim a trazer de volta alguns dos pandas, em uma espécie de “chamado para consultas” diplomáticas.
Mei Xiang, Tian Tian e seu filhote Xiao Qi Ji, os três pandas gigantes do Zoológico Nacional Smithsonian de Washington, foram os últimos a voltar para a China no mês passado. O retorno dos animais foi acompanhado por uma escolta policial e gerou grande comoção entre os americanos, especialmente as crianças.
Após o retorno dos pandas, Xi insinuou que novos exemplares poderiam voltar à costa oeste dos Estados Unidos, mencionando o interesse do Zoológico de San Diego e da população da Califórnia em receber os ursos.
No entanto, outros pandas ainda permanecem nos Estados Unidos, como Lun Lun, Yang Yang, Ya Lun e Xi Lun, que devem retornar à China no final de 2024. Todas essas movimentações mostram que os pandas atuam como um símbolo importante nas relações diplomáticas entre China e Estados Unidos. A questão agora é aguardar para ver se a nova estratégia de “diplomacia do panda” será eficaz na retomada da cooperação entre as duas superpotências.