A decisão do deputado federal Luciano Amaral de deixar o Partido Verde (PV) e migrar para o PSD pode enfraquecer diretamente a federação PT-PV-PCdoB em Alagoas e comprometer o desempenho do Partido dos Trabalhadores na disputa por cadeiras na Câmara Federal.
Luciano faz parte do grupo político liderado por Marcelo Victor, presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), e era considerado uma peça estratégica na composição da federação em solo alagoano. Com a mudança para o PSD, a tendência é que os votos desse grupo político também acompanhem o deputado, provocando um esvaziamento do campo da federação nas eleições de 2026.
O impacto recai principalmente sobre o deputado Paulão (PT), atual representante mais expressivo do partido no estado. Com um cenário mais fragmentado e sem o reforço dos aliados de Marcelo Victor, Paulão encontra dificuldade para viabilizar sua reeleição apenas com os votos da militância petista.
Além disso, Paulão já manifestou publicamente o desejo de disputar uma vaga no Senado Federal em 2026. A possível candidatura abre espaço na chapa proporcional, mas também impõe ao PT o desafio de encontrar um nome competitivo para manter a representação no Congresso Nacional, em meio à reconfiguração das forças locais e à perda de aliados estratégicos.
A movimentação política foi destacada em análise do jornalista Ricardo Mota, do portal Cada Minuto.
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