O PP-União Brasil marcou para a próxima terça-feira (2) uma reunião que deve definir seu posicionamento em relação ao governo Lula. A legenda, que atualmente controla os ministérios do Turismo, Comunicações e Desenvolvimento Regional, sofre pressão de suas principais lideranças para deixar a base aliada.
Entre os defensores do afastamento estão Antônio Rueda, presidente do União Brasil, Ciro Nogueira, líder do Progressistas, e ACM Neto, vice-presidente da sigla. O movimento tem impacto direto na relação com o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que segue como figura influente no cenário político e mantém proximidade com parte da bancada.
Na outra ponta, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) atua como principal articulador do partido junto ao Planalto, tentando preservar os ministérios ocupados pela legenda.
As divergências internas refletem a formação heterogênea do União Brasil, resultado da fusão entre o PSL, que deu sustentação ao bolsonarismo, e o DEM, de perfil oposicionista mais moderado.
Dirigentes admitem que a indefinição pode se prolongar até 2026, diante das incertezas sobre candidaturas da direita. Ainda assim, cresce dentro da sigla a possibilidade de apostar em uma candidatura própria de viés mais moderado.
