A disputa pela presidência da Câmara de Vereadores de Maceió segue indefinida, mesmo com um dos candidatos admitindo vantagem pelos apoios recebidos nos últimos dias. No entanto, a expectativa maior recai sobre a posição a ser tomada pelo prefeito JHC, cuja decisão pode moldar os rumos da eleição.
Até agora, o prefeito mantém silêncio sobre seu envolvimento no processo. JHC tem em Galba Netto e Marcelo Palmeira, os dois candidatos ao cargo, aliados de sua gestão. A dúvida é se ele irá intervir ou optar por uma postura neutra, à semelhança de Pôncio Pilatos, deixando o resultado a cargo da articulação política de cada candidato.
A eleição da Mesa Diretora não se limita ao cenário municipal. Com as eleições gerais de 2026 no horizonte, o desfecho dessa disputa será determinante para as estratégias políticas locais. Vereadores, que têm contato direto com lideranças comunitárias e eleitorais nos bairros, desempenham um papel-chave nas alianças que influenciarão as campanhas para governador, senadores, deputados federais e estaduais.
Nos bastidores, enquanto um candidato afirma já contar com a maioria dos votos necessários, os acordos permanecem em constante negociação. Praticamente todos os cargos da Mesa Diretora estão comprometidos, restando apenas posições estratégicas reservadas para eventuais ajustes de última hora.
A influência do prefeito JHC sobre o processo, caso venha a se manifestar, pode alterar o equilíbrio atual, mudando o rumo da disputa. A entrada do gestor no “jogo pesado” da articulação política teria impactos significativos, dada sua capacidade de mobilização e poder de influência entre os vereadores.
Paralelamente à agitação na Câmara, o MDB concentra esforços para garantir a reeleição do senador Renan Calheiros e fortalecer a candidatura de um nome competitivo ao governo do estado. A movimentação no Legislativo municipal, portanto, também repercute nos planos do partido, que vê na definição da Mesa Diretora uma peça importante no tabuleiro político estadual.