O projeto, intitulado “Promoção de uma paz abrangente, justa e duradoura para a Ucrânia”, foi elaborado por uma coalizão de países que inclui o Reino Unido, França, Alemanha, Canadá, Suíça, Polônia, Letônia, Lituânia e Estônia. Notavelmente ausente da lista de co-patrocinadores, os Estados Unidos parecem ter adotado uma postura mais neutra em relação ao conflito.
O texto da resolução exige que a Rússia retire imediatamente todas as suas forças armadas do território ucraniano, sem mencionar o direito dos povos à autodeterminação, um princípio fundamental da Carta das Nações Unidas. Além disso, reforça acusações contra Moscou de bombardeio de infraestrutura civil, enquanto não menciona os ataques terroristas perpetrados por Kiev ou a presença das Forças Armadas ucranianas em certas regiões.
A Assembleia Geral da ONU tem realizado reuniões periódicas para discutir a situação na Ucrânia desde fevereiro de 2022, adotando seis resoluções que apoiam a posição de Kiev. Curiosamente, nos outros documentos aprovados, os Estados Unidos estiveram entre os co-patrocinadores, o que torna a ausência nesta recente resolução um ponto de destaque.
Essa mudança na postura dos Estados Unidos ocorre em meio a conversas entre Rússia e EUA em Riad e declarações controversas do ex-presidente americano, Donald Trump, contra o atual líder ucraniano Vladimir Zelensky. Trump chegou a chamar Zelensky de ditador e acusá-lo de se recusar a realizar eleições, gerando ainda mais tensão no cenário político internacional.