Durante a cerimônia de encerramento, que ocorreu no icônico Grand Théâtre Lumière, o cineasta Kleber Mendonça Filho subiu ao palco para receber o prêmio em nome de Moura, que não pôde estar presente devido a compromissos de filmagem do longa “11817”, dirigido por Louis Leterrier. Em seu discurso, Mendonça Filho expressou gratidão ao júri presidido pela renomada atriz Juliette Binoche e destacou a colaboração frutífera que teve com Moura ao longo do projeto.
Além do prêmio individual para Moura, “O Agente Secreto” também garantiu ao diretor o prêmio de Melhor Diretor. O filme levou ainda o Prêmio FIPRESCI, concedido pela Federação Internacional de Críticos de Cinema, além do Prix des Cinémas Art et Essai, promovido pela Associação Francesa de Cinemas de Arte e Ensaio. Esta é uma demonstração clara de que a obra não apenas encantou o público, mas também foi amplamente apreciada pela crítica.
Situado no Recife de 1977, em meio ao regime militar brasileiro, o longa-metragem retrata a vida de Marcelo, interpretado por Wagner Moura. Obsessed por encontrar a paz em sua cidade natal, ele acaba se envolvendo em um intrincado jogo de conspirações e repressão política. Com uma coprodução entre Brasil, França, Alemanha e Holanda, o filme também conta com um elenco estelar, incluindo Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone e Udo Kier.
A estreia mundial de “O Agente Secreto” ocorreu em Cannes no dia 18 de maio, ocasião em que o filme foi aplaudido de pé pelo público. A crítica internacional não poupou elogios à atuação de Moura, destacando sua intensidade emocional. Veículos de comunicação como “The Playlist” e “Next Best Picture” ressaltaram a profundidade de sua performance, afirmando que sua presença no filme transforma a experiência em algo memorável.
Com este prêmio, Wagner Moura se junta a um seleto grupo de atores brasileiros que já conquistaram honrarias em Cannes, como Fernanda Torres, que venceu como Melhor Atriz em 1986, e Sandra Corveloni, laureada em 2008.
A expectativa é alta para a estreia de “O Agente Secreto” nos cinemas brasileiros, prevista para o segundo semestre de 2025, com distribuição feita pela Vitrine Filmes. Nos Estados Unidos, o longa será conduzido pela Neon, enquanto Mubi cuidará da distribuição no Reino Unido, na Índia e na América Latina. Essa consagração representa um importante marco na trajetória de Moura e na cinematografia brasileira.
